Afinal, os opostos se atraem mesmo?

Você adora uma baladinha e ele não coloca o pé pra fora de casa num sábado à noite por nada no mundo. Você acha lindo tatuagens e piercings. Ele abomina. Os gostos são totalmente diferentes, mas há uma química incrível entre vocês. Quem nunca passou por isso antes? Essa atração quase magnética por um parceiro com características tão distintas é considerada normal uma vez que se espera, até mesmo inconscientemente, que dessa forma o quebra-cabeça dos relacionamentos se encaixe e dê certo. “Existe, de fato, um encantamento por aquela personalidade oposta. A moça tímida, por exemplo, vai se interessar pelo rapaz falante, com muitos amigos", explica o psicólogo e conselheiro amoroso da Agência Free Love, Rafael Higino Wagner, de São Paulo.

O psicólogo e especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami (EUA), Alexandre Bez, acredita que essa fascinação acontece porque, sem que se perceba, o indivíduo irá buscar no outro aquilo que sente falta em si mesmo, para que haja um equilíbrio dentro da relação. Se um é nervoso e o outro calmo, juntos, eles podem encontrar um meio termo. "É importante destacar que o namoro só irá vingar enquanto houver essa harmonia entre o casal”, explica ele.

Apesar de muito gostosa e desafiadora, para que uma relação entre pessoas tão opostas seja bem sucedida, é necessário entendimento, paciência e compreensão. Sabendo como é a personalidade do parceiro, você estará ciente do que esperar dele e, assim, não irá se decepcionar ou se frustrar com o companheiro no futuro. Logo, tentar mudá-lo deve estar fora dos seus planos. A convivência é difícil, mas se foi assim que o conheceu e dessa forma que gostou dele, qual é o motivo para querer transformá-lo em outra pessoa?
É claro que não é preciso ter os mesmos gostos em tudo, mas é necessário ter pelo menos uma afinidade, nem que seja algum ideal em comum. "Para levar um amor adiante com tantas diferenças, os dois terão que se desdobrar, ou seja, estarem dispostos a respeitar a opinião, o espaço e a individualidade do outro", atesta o psicólogo Rafael Higino Wagner.
Fonte Oficina da Moda - Texto de Giovanna Kiill
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