Sexo em realities shows: Por que os participantes esquecem das câmeras?

Vários homens e mulheres presos numa casa com muito tempo ocioso. É isso o que acontece nos realities shows do mundo inteiro. Estes programas costumam gerar polêmica devido a atitude de seus participantes, uma vez que regados a festas e bebidas, eles perdem a noção de espaço, e além de beijos, protagonizam cenas quentes na frente das câmeras, e outras nem exibidas, debaixo do edredon.




Segundo a psicóloga Keli Rodrigues o que leva os confinados a esqueceram que estão num programa de tevê e prosseguir quando o clima está esquentando é o instinto de cada um. “Sexo é muito mais um instinto do que um comportamento. Partindo desse pressuposto, onde quer que se tenham homens e mulheres a tensão sexual existirá. Levando em consideração que essas pessoas estão vivendo em condição de confinamento, com uma convivência muito íntima e com muito tempo ocioso é natural que haja mais envolvimento sexual”, afirmou.


Um dos casos desse que mais gerou polêmica no Brasil aconteceu em 2012, na décima segunda edição do Big Brother, quando o modelo Daniel Echaniz foi afastado do programa por supostamente estuprar a gaúcha Monique, que estava bêbada. Depois da saída do programa, o rapaz foi ivestigado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que entendeu que não houve crime, depois de ouvir o depoimento da própria vítima.
Explicando o porque dessas pessoas fazerem isso, a psicóloga afirma ainda que as câmeras e o público não inibem a ação sexual, já que eles têm o famoso edredon, que lhe garantem o mínimo de privacidade para realizar seus desejos. Já a bebida, apontada por muitos como a culpada deste comportamento, segundo Kelli é uma espécie de catalizador. “O desejo já existe, a tensão está estabelecida. Uma vez que embreagadas as pessoas ficam mais libertas e as chances (do sexo acontecer) aumentam. Fato é, que, a bebida é um fator adjunto dos estímulos interno e o desejo das pessoas ali envolvidas, não é o fator desencadeador do desejo ou do ato sexual”, explica.
Prova de que o sexo rola debaixo do edredon nos programas é o ex-participante do BBB Yuri, que de volta a décima terceira edição neste ano, falou aos novos brothers em conversa na área da externa da casa, que transava com sua ficante Laisa quase todos os dias. “Aqui não dá pra fazer amor de duas horas, é uma rapidinha e pronto”, deu a dica.

É importante lembrar que os comportamentos aparentes  nos realities shows são comumente vivenciadas no dia a dia, explica Kelli. A questão é, que já que estão num programa de tevê, quem tem o objetivo de mostrar a vida das pessoas 24 horas por dia, as pessoas aqui de fora olham para os participantes com lente de aumento, completa.
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